sábado, 27 de outubro de 2007

Pensar em comunicação não é pra qualquer um...

O papo sobre crescimento de novas mídias e a influência delas nas relações sociais não é balela. A mídia hoje, como formadora de opinião e direcionadora da “massa” popular, levanta várias questões pertinentes a esse “poder”, como o acesso que grande parte das pessoas não tem, novas mídias como parte da interação humana e como mais uma facilidade para a comunicação inter-pessoal, levando em consideração seus interesses e limitações.

É fato que, através disso, a comunicação (e não as novas mídias em si) atingiu todos os meios sociais e culturais, mas não podemos nos limitar a tentativa de reduzir comunicação à tecnologia. Ela acabou se tornando interessante para a ideologia de mercado e tecnologia, sendo sua essência o modelo cultural que transporta, enfim, a organização de todo o sistema de comunicação de uma sociedade. É se dar conta de que os novos meios de comunicação não resolvem todos os problemas da comunicação.

Complicado?

Pensar em comunicação como algo extenso, profundo e essencial parece um desafio na Era da Informação, não é? A internet, por exemplo, é responsável pela criação de “comunidades” com identidades próprias, sendo capaz de criar até mesmo padrões de modos de convivência dentro dela.

E nós com isso? Acredito que o papel das Relações Públicas, em meio a toda essa aceleração, é justamente o de “decifrar” as condições de possibilidade para a existência da interação social no espaço das novas mídias, o de entender os mecanismos da difusão dessas informações e utilizar os meios de comunicação como formação de opinião pública sem esquecer da profundidade dessa comunicação.

O mundo corre, as pessoas se transformam, os públicos têm interesses ora assim, ora de outra maneira. E deixo a questão: como um Relações Públicas deve perceber e agir dentro desse movimento?

Comfabuladora Ariane Pimentel Suaiden

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