sábado, 20 de outubro de 2007

Sua história é a sua cara!

Nessa semana recebi um e-mail da Aberje (Associação Brasileira de Comunicação Empresarial) sobre um de seus próximos cursos “Memória empresarial como instrumento de comunicação e Relações Públicas” e achei o tema muito interessante. Não sei, algo que eu até sabia da existência, mas que nunca tinha reparado realmente sabe? Fizemos no semestre passado, para a disciplina de Técnica Redacional I: Texto impresso, uma tentativa de livro institucional da FAAC (Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação na UNESP-Bauru). A sala inteira, cada grupo com um capitulo, com um tema diferente que se relacionasse a história da faculdade. Pois bem, acho que isso seria uma experiência de projeto de memória institucional.
Então resolvi escrever sobre isso, pra pesquisar mais, pra descobrir mais sobre o tema, pra lembrar ou mesmo mostrar para aqueles mais desligados (como foi meu caso). E tive outra surpresa quando vi que a maioria dos textos sobre esse assunto é do Paulo Nassar (presidente executivo da Aberje, professor da ECA/USP e pesquisador, um dos profissionais de maior prestígio na área de Comunicação Empresarial em nosso País e autor do livro Relações Públicas: na Construção da Responsabilidade Histórica e no Resgate da Memória Institucional das Organizações), ou utiliza trechos do seu livro, ou entrevistas com o autor. Achei que aí era mais um sinal de que não fui só eu que não me atentei para o tema.
E aqui então coloco uma definição de memória empresarial e responsabilidade histórica: “Responsabilidade histórica é o conjunto das responsabilidades corporativas - a comercial, ambiental, social e cultural - examinado ao longo da história da organização, de seu presente e de sua visão. Este olhar verifica a coerência dos discursos produzidos pela empresa frente as suas ações e comportamentos que produzem a sua história”. (Paulo Nassar em entrevista concedida à revista Comunicação e Estratégia)
E pra que serve todo um trabalho de resgate da memória empresarial? Como ela se torna uma ferramenta importante para o Relações Públicas? Ela é importante na medida em que consegue fortalecer, ou mesmo criar, um sentimento de pertença dos funcionários, e até da comunidade local, numa empresa - aquela velha história de “vestir a camisa”- ou ainda restabelecer a confiança de alguns funcionários na alta administração das organizações.
No Brasil, os maiores exemplos de empresas que se preocupam com a memória institucional são aquelas que geram grandes impactos no meio ambiente, econômico e social, como a Petrobrás e a Vale do Rio Doce. Algo que possa se ligar à responsabilidade social dessas organizações.
Aqui estão os links dos sites pesquisados que tratam do assunto, inclusive o que tem a entrevista com o Paulo Nassar. Para aqueles que quiserem se aprofundar mais no assunto.

http://www.comunicacaoempresarial.com.br/revista/05/entrevista.asp
http://observatorio.ultimosegundo.ig.com.br/artigos.asp?cod=286ASP015
http://www.terraforum.com.br/sites/terraforum/paginas/quem_somos/atuacao/gc_memoria.aspx

“Lembrem-se: sua história é sua cara. Ela conta de onde você veio, para onde vai, como e com quem vai fazer esse percurso. A sua história é a sua identidade.” (Paulo Nassar - site Observatório da Imprensa)
É isso, galera. Dêem suas opiniões sobre o tema. Vamos COMfabular!

Comfabuladora Laura Dalla Pria Blanco

Um comentário:

Arlindo Rebechi Jr. disse...

Muito bem, Laura. Acho bastante oportuna a sua discussão. A força do seu texto foi a de traduzir em poucas linhas um assunto bastante complexo. Fica uma dica para todos: no site da ECA, há também uma versão da tese do Nassar.