domingo, 7 de outubro de 2007

Estética das Relações Públicas: eis a questão!

Lembro-me quando li Porto Simões pela primeira vez: 1º ano do curso de Relações Públicas, idéias sendo transformadas, outras em criação e a formação em construção. É algo bem pessoal dizer, mas “Relações Públicas e Micropolítica” parecia algo muito profundo para quem tinha acabado de entrar na universidade. Mas do ano passado pra cá voltei a dar uma olhada no livro e me atentei para a discussão sobre a estética das Relações Públicas. Foi colocada a questão da superficialidade da técnica mecânica (e não estética) da profissão, a necessidade de produção de algo melhor do que o apreendido e, por fim, a particularidade da ciência de nossa profissão.

Não é novidade que, pelo menos no Brasil, embora haja a fiscalização do exercício profissional, muito dizem ser Relações Públicas com a ambição de um dia ser formado em tal. Contentam-se com cartões de visitas, crachás e assinaturas com o nome “bonito” o qual diminuímos para RP. E se a própria palavra Relações Públicas já forma pontos de interrogação na cabeça de quem não conhece, imagine “RP”. E os que conhecem, muitas vezes conhecem de maneira equivocada e recrutam esses profissionais para atividades que, muitas vezes, estão à margem de sua verdadeira essência.
A realidade, inclusive citada pelo autor, é a de que a nossa própria comunidade precisa de Relações Públicas, mas desconhece as funções e benefícios da atividade. E será que podemos ainda dizer que o fator embrionário dessa questão está de dentro para fora da universidade? São tantas as questões que estão envolvidas, que as coloco para você:

Não é difícil para dizer a sua família o que faz exatamente um Relações Públicas? Você explica, mas é necessário sentar e dizer tim-tim por tim-tim? E se o mercado perguntar, você vai sentar e explicar também? Ou irá construir a profissão produzindo na universidade para, depois, construí-la lá fora?

Para finalizar as considerações deste post cheio de dúvidas, termino com uma frase do autor anteriormente citado: “A teoria e a prática encontram-se na estética (...) Com isto chega-se à bela imagem, ou seja, a um acerto na parte teórica, adequação das ações e um alto grau de interpretação das novas situações (...). Para que isso ocorra, contudo, o ser humano, além de pensar e agir, tem de inventar”.

Ariane Suaiden

4 comentários:

Erik Simões disse...

Ariane adorei sua piblicação, e acho que para as pessoas entenderem RP lá fora, so vendo questões práticas... os assuntos que ja estamos desgatados de tanto comentar a respeito, lá fora ainda é novidade!

Abraço!

Ser.RP... disse...

ola meninas...divulguei o blog de voces no www.serrp.blogspot.com.
valeu pelos comentarios.
vamos sempre trocar informaçoes.
att,
juliano melo

Arlindo Rebechi Jr. disse...

Foi bastante adequado trazer um aspecto memorialístico ao seu texto. O blog - como texto bastante singular - permite a recordação como gancho. Deixou, assim, a discussão teórica mais pessoal.

Anônimo disse...

Nice fill someone in on and this fill someone in on helped me alot in my college assignement. Thank you on your information.